segunda-feira, 3 de junho de 2013

"Diz a tradição que nos tempos do domínio árabe, morou no Alto da Penha, ou seja, nas propriedades do sítio hoje denominado Monserrate, um "mosárabe" ou soldado cristão, que tinha grande predomínio sobre todas as famílias christãs que habitavam a Serra."

Esse fidalgo andava de rixa velha com o Alcaide do Castelo de Sintra, resultando dessa discórdia este vir desafiá lo para duelo cujo resultado foi ficar sem vida, o fidalgo foi considerado por todos um martyr erigindo se lhe um tumulo e depois uma capelinha que já não existe.

Sabe se que a propriedade de Monserrate e outras que lhe ficaram ligadas passaram a fazer parte de um vínculo ( conjunto de bens alienáveis que se  transmitiam indivisivelmente) instituido por D. Caetano em 1718, ano em que, a 6 de Abril, na Índia, deixou este mundo.

Seu sucessor , D. António de Melo e Castro, morreu vitimado pelo terramoto de 1755, não deixando filhos a propriedade transmitiu se para seu irmão D. Francisco de Melo e Castro.

Anos depois a quinta sofreu grandes melhoramentos e nela foram construidas umas casas para  residência dos proprietários durante o Verão.

Por morte de D. Francisco a propriedade passou para D. Francisca Xavier Mariana de Faro Melo e Castro.

Quinta de pomares e culturas, existe tal como é actualmente desde o século o século XVIII, quando Gerard DeVisme alugou a quinta à familia de Melo e Castro, em 1790 que apenas usufruiu da mansão até 1794, pois por doença deixou Portugal tendo morrido em Inglaterra em 1798. Crucial no seu desenvolvimento esteve o que se viria a tornar primeiro viscondede Monserate, Francis Cook.
 
Monserrate oferece-nos cenários contrastantes que se sucedem ao longo de caminhos sinuosos por entre ruínas, recantos, cascatas, e lagos sugerindo através da sua aparente desordem, o domínio da Natureza sobre o homem.
 
Contando a presença de espécies espontâneas de Portugal (medronheiro, azevinhos, sobreiros entre outros) organiza o jardim com colecções de plantas oriundas dos cinco continentes propondo- nos um passeio pelo mundo como fetos e metrossíderos evocando a Austrália; Agaves, palmeiras e iúnicas recriam um cenário mexicano; redodentros, azaleas, bambus para o jardim representam o Japão. No total estão representadas largas centenas de espécies. O jardim também contêm esculturas, lagos, grutas e intrigantes construções que remetem a esotéricos simbolismos ligados aos cultos de organizações como Maçonaria e a  Rosa-Cruz, eswta quinta mistura elementos de arquitetura romanica e gótica renascentistae manuelina originando uma inevitável curiosidade e fascinio dos seus visitantes.

O relvado fronteiro permite um descanso e relaxamento merecido durante a exploração e descoberta de um dos mais ricos jardins botânicos portugueses mais ricos e belos de todo o mundo.
 
 
O interior da mansão de Monserrate projetado pelo arquiteto James Knowles e construído em 1858 por ordem de Francis Cook, enquanto a elaboração dos jardins foi entregue ao pintor William Stockdale, ao botânico William Nevill e a James Burt, mestre jardineiro.
 
Este palácio que foi residência de Verão da Familia Cook, foi construido sobre as ruínas da mansão neo-gótica edificda pelo comerciante inglês Gerard Devisme que tinha a posse da concessão da importação de pau de Brasil em Portugal. William Beckford alugou a propriedade em 1793 realizando obras no Palácio começando por criar um jardim paisagistico. É um exemplar sugestivo do romântismo  português. Durante a década de 1920, o Palácio foi posto à venda e adquirido pelo Estado em 1949.
Vista aerea ao fim da tarde
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