terça-feira, 17 de setembro de 2013

CASTELO DOS MOUROS

É um dos mais antigos castelos portugueses.
Localiza-se na freguesia de São Pedro de Penaferrim.
Construção militar muçulmana sobre um maciço rochoso isolado num dos cumes da Serra de Sintra mais orientais parece datar do século VIII ou IX em pleno período de disputa deste território por Mouros e Cristãos.
Só após a conquista definitiva de Lisboa, em 1147 os mouros de Sintra se renderam a D. Afonso Henriques, 1º rei de Portugal, aquando da fundação de Portugal. No interior das muralhas resistem as ruínas da capela votiva a S. Pedro de Canaferim, aí eregida para reforçar o culto cristão e servir os 30 povoadores que o rei destacou para o castelo e perto desta igreja, hoje em ruínas, há um sepulcro onde D. Fernando mandou depositar as ossadas, provavelmente arábes e cristãos, encontradas em escavações durante as obras de reconstrução do castelo no decorrer do seculo passado.
Contrariamente a outras fortificações que defendiam Lisboa, o Castelo dos Mouros nunca foi palco de nenhuma batalha mas sim voltado para funções de vigilância e orientado de forma a proteger os campos de cultivo a norte de Sintra.
As suas muralhas estão assentes sobre penedos, a uma grande altitude e são visíveis a largos quilometros de distância. Do alto das ameias é possivel vislumbrar um dos raros panoramas sobre a vila e do outro lado o Palácio da Pena recorta se contra um céu ora azul ora cinzento, onde não raramente a névoa toma lugar.
Cinco torres se destacam do rendilhado das ameias. A mais alta a Torre Real, alcançavel por algumas centenas de degraus ele va se a uma altitude de 454 metros.
 "A origem do nome veio de um templo erguido em uns 308 anos A. C., por gregos, galo-celtas e turdulos dedicado à lua. Os celtas chamavama Lua de Cynthia e quando os árabes dominaram a região e por não pronunciarem o "s" chamavam o local de "Chintra" ou " Zintra".
A pesquisa arqueológica contemporânea, entretanto, revela que a primitiva ocupação da Região de Sintra data do século VIII a. c.
Quando da invasão da Peninsula Ibérica, a partir do séc VIII foi ocupada, tendo a sua povoação recebido o nome de "as-Shantara".
Os estudiosos estão de acordo em afirmar que foram eles os responsáveis pela primitiva fortificação  com a finalidade estrategica de controlar as vias terrestres que ligavam Sintra a Mafra, a Cascais e a Lisboa.
 

segunda-feira, 3 de junho de 2013

"Diz a tradição que nos tempos do domínio árabe, morou no Alto da Penha, ou seja, nas propriedades do sítio hoje denominado Monserrate, um "mosárabe" ou soldado cristão, que tinha grande predomínio sobre todas as famílias christãs que habitavam a Serra."

Esse fidalgo andava de rixa velha com o Alcaide do Castelo de Sintra, resultando dessa discórdia este vir desafiá lo para duelo cujo resultado foi ficar sem vida, o fidalgo foi considerado por todos um martyr erigindo se lhe um tumulo e depois uma capelinha que já não existe.

Sabe se que a propriedade de Monserrate e outras que lhe ficaram ligadas passaram a fazer parte de um vínculo ( conjunto de bens alienáveis que se  transmitiam indivisivelmente) instituido por D. Caetano em 1718, ano em que, a 6 de Abril, na Índia, deixou este mundo.

Seu sucessor , D. António de Melo e Castro, morreu vitimado pelo terramoto de 1755, não deixando filhos a propriedade transmitiu se para seu irmão D. Francisco de Melo e Castro.

Anos depois a quinta sofreu grandes melhoramentos e nela foram construidas umas casas para  residência dos proprietários durante o Verão.

Por morte de D. Francisco a propriedade passou para D. Francisca Xavier Mariana de Faro Melo e Castro.

Quinta de pomares e culturas, existe tal como é actualmente desde o século o século XVIII, quando Gerard DeVisme alugou a quinta à familia de Melo e Castro, em 1790 que apenas usufruiu da mansão até 1794, pois por doença deixou Portugal tendo morrido em Inglaterra em 1798. Crucial no seu desenvolvimento esteve o que se viria a tornar primeiro viscondede Monserate, Francis Cook.
 
Monserrate oferece-nos cenários contrastantes que se sucedem ao longo de caminhos sinuosos por entre ruínas, recantos, cascatas, e lagos sugerindo através da sua aparente desordem, o domínio da Natureza sobre o homem.
 
Contando a presença de espécies espontâneas de Portugal (medronheiro, azevinhos, sobreiros entre outros) organiza o jardim com colecções de plantas oriundas dos cinco continentes propondo- nos um passeio pelo mundo como fetos e metrossíderos evocando a Austrália; Agaves, palmeiras e iúnicas recriam um cenário mexicano; redodentros, azaleas, bambus para o jardim representam o Japão. No total estão representadas largas centenas de espécies. O jardim também contêm esculturas, lagos, grutas e intrigantes construções que remetem a esotéricos simbolismos ligados aos cultos de organizações como Maçonaria e a  Rosa-Cruz, eswta quinta mistura elementos de arquitetura romanica e gótica renascentistae manuelina originando uma inevitável curiosidade e fascinio dos seus visitantes.

O relvado fronteiro permite um descanso e relaxamento merecido durante a exploração e descoberta de um dos mais ricos jardins botânicos portugueses mais ricos e belos de todo o mundo.
 
 
O interior da mansão de Monserrate projetado pelo arquiteto James Knowles e construído em 1858 por ordem de Francis Cook, enquanto a elaboração dos jardins foi entregue ao pintor William Stockdale, ao botânico William Nevill e a James Burt, mestre jardineiro.
 
Este palácio que foi residência de Verão da Familia Cook, foi construido sobre as ruínas da mansão neo-gótica edificda pelo comerciante inglês Gerard Devisme que tinha a posse da concessão da importação de pau de Brasil em Portugal. William Beckford alugou a propriedade em 1793 realizando obras no Palácio começando por criar um jardim paisagistico. É um exemplar sugestivo do romântismo  português. Durante a década de 1920, o Palácio foi posto à venda e adquirido pelo Estado em 1949.
Vista aerea ao fim da tarde
Entrada Príncipal

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Com a extinção das ordens religiosas, em 1834 parecia que Sintra ficaria mais espoliada, mais votada à ruína e ao abandono, mas em 1836 a nossa D. Maria II casou com um princípe da Baviera que trazia sonhos na alma e uma grande sensibilidade artística no coração. Chamou-se D. Fernando de Saxe Coburgo-Gotha e foi o principal agente transformador da cenografia Monumental e Natural de Sintra durante o século XIX.

Em 1838 D. Fernando adquiriu as ruínas do antigo Mosteiro da Nossa Senhora da Pena (actualmente Palácio da Pena), bem como toda a mata circundante, incluindo o Castelo dos Mouros e aproveitando os claustros, a capela quinhentista e mais alguns anexos, concebeu o fabuloso Palácio da Pena e mandou plantar em redor o exótico e frondoso Parque, num conjunto harmonioso e belo cujo resultado é a expressão do ideal romântico